• Reunião do projeto de reconstrução do Museu Indígena Pataxó de Coroa Vermelha

  • Voltar
31 de outubro de 2023 por 
Reunião discutiu construção de acervo e plano para reinauguração do Museu Indígena em Coroa Vermelha  Nesta sexta-feira, 28 de agosto, representantes da Coordenação Regional Sul da Bahia (FUNAI), da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e lideranças indígenas se reuniram no Museu do Parque Indígena de Coroa Vermelha, para iniciar a construção de um projeto com o objetivo de criação de acervo e plano museológico.   O museu passou por reforma possibilitada por edital do Governo do Estado, através da Companhia de Desenvolvimento Regional e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, e foi entregue novamente à comunidade indígena neste ano.  Segundo as lideranças indígenas, a possibilidade de reabertura mobilizou a comunidade para um planejamento do uso do equipamento cultural, trazendo a parceria dos antropólogos Pablo Barbosa e Isis Brandão, além de museólogos da UFSB, que elaboraram, junto à comunidade, o Regimento Interno do museu, no início do ano, e estenderam a parceria para a construção do projeto de pesquisa para a compilação de acervo.  O Coordenador Regional da FUNAI, Cacique Aruã Pataxó, demonstrou apoio e reiterou a participação de sua equipe no processo, reafirmando a presença do órgão indigenista nas aldeias, para atendimento das demandas de todas as áreas. Na reunião, a Coordenação Regional da FUNAI contou, ainda, com as contribuições do antropólogo Francisco Paes, e das indigenistas Amanda Cury e Moahra Fagundes.  Lideranças como o Cacique da Aldeia Coroa Vermelha, Louro Pataxó, Cacique Zeca Pataxó, Luzia Pataxó e o Presidente da Associação dos Comerciantes do Parque Indígena, Anildo Benfica, contribuíram para a exposição de ideias iniciais para o projeto. Contribuíram, ainda, anciãos como Chico Índio, professores, comerciantes e artistas indígenas.  Parte da história do Brasil  O Parque Indígena de Coroa Vermelha, bem como o Museu Indígena, foi inaugurado na ocasião dos eventos dos 500 anos de invasão europeia no Brasil. Construído para representar episódios históricos do encontro dos portugueses com os povos originários, possui um complexo de lojas, estabelecimentos gastronômicos, esculturas, marcos históricos e o Museu Indígena.  Na ocasião dos eventos, o museu foi inaugurado com rico acervo vindo de várias partes do país e do exterior. As peças, contudo, não permaneceram no museu, que passou por anos de pouco ou nenhum investimento governamental, o que levou à deterioração de parte de sua estrutura física.  De olho no futuro  A restauração física do museu abriu a possibilidade do pensar indígena e da apropriação de sua história na construção de um novo acervo permanente e também exposições temporárias. Mas, dessa vez, com protagonismo indígena: “Queremos estar à frente, contar a nossa história através do museu, de acordo com a nossa ótica”, destacou o Coordenador Regional da FUNAI, Aruã Pataxó. 
Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.