Documento
Coleções e subcoleções temáticas
História indígena e do indigenismo no Sul e Extremo Sul da Bahia > Territórios da retomada Pataxó
Gênero do documento
Textual
Espécie e tipo de documento textual
Trabalho acadêmico
Autoria
Título
Ecoturismo de grupos indígenas: experiências sustentáveis ?
Local de produção
Data
2005
Período ou ano do documento
Século 21 > Década 2000 > 2005
Instituição produtora e/ou órgão responsável
Tipo de trabalho acadêmico
Povo(s), etnia(s) e/ou grupo(s) social(is) referido(s) no documento
Localidade(s) referida(s) no documento
Resumo
O trabalho avalia sob quais condições o ecoturismo pode se constituir em uma alternativa econômica aos grupos indígenas envolvidos a partir da perspectiva de sustentabilidade territorial, econômica, sociocultural e ambiental. No teste das hipóteses: 1 iniciativas coletivas não são viáveis entre os indígenas do ponto de vista de mercado e eficácia de gestão, mas proporcionam resguardo de territórios; 2 o ecoturismo tem potencial para gerar benefícios aos grupos indígenas; a minimização dos danos depende da coesão interna do grupo, do poder de negociação e de sua capacidade/articulação de defender seus interesses junto às parcerias; 3 culturas indígenas podem ser vulneráveis aos impactos socioculturais através do ecoturismo, contudo há condições que podem ser trabalhadas no sentido de minimizar esses impactos, a coleta, a análise e discussão de dados teve como localidades: 1 Reserva Pataxó da Jaqueira, Porto Seguro-BA; 2 Napo Galeras, Napo-Equador; 3 Napo Wildlife Center (NWC), Napo-Equador; 4 Pucani, Ucayali-Peru; 5 Heah River Wildlife Center (HRWC), Madre de Díos- Peru. Com uso de pesquisa bibliográfica e observação participante, se validou as hipóteses para quatro dos cinco estudos de casos, sob cenários diferentes: a implantação dos empreendimentos é para assegurar territórios; independente do tipo de investimento e modelo de gestão, todos receberam apoio técnico durante a implantação e operação; a eficácia de gestão administrativa, mercadológica e de fluxo turístico depende da facilidade de acesso, da logística e da proximidade do mercado consumidor e do grau de conhecimentos da comunidade na prestação de serviços e atendimento. Os benefícios em todos os níveis e sua redistribuição ocorrem de maneira mais eqüitativa quando a comunidade tem poder de negociação, capacidade de intervenção junto as suas parcerias e quando a coesão interna supera as rivalidades interétnicas. Sob estas condições, oecoturismo pode se constituir sustentabilidade econômica, sociocultural e ambiental aos grupos indígenas com todos seus benefícios e tensões.