Item
Leitura e interculturalidade em uma escola Pataxó no Prado – BA
Coleções e subcoleções temáticas
História indígena e do indigenismo no Sul e Extremo Sul da Bahia > Territórios da retomada Pataxó
Espécie e tipo de documento textual
Trabalho acadêmico
Autoria
Título
Leitura e interculturalidade em uma escola Pataxó no Prado – BA
Local de produção
Data
2014
Período ou ano do documento
Século 21 > Década 2010 > 2014
Instituição produtora e/ou órgão responsável
Tipo de trabalho acadêmico
Povo(s), etnia(s) e/ou grupo(s) social(is) referido(s) no documento
Localidade(s) referida(s) no documento
Prado > Cumuruxatiba > Terra Indígena Comexatibá (Cahy-Pequi)
Palavras-chave
educação | Interculturalidade | leitura | Pataxó | Tradição oral
Resumo
Este estudo pretende refletir sobre as práticas de leitura da Escola Indígena Kijêtxawê Zabelê no Prado – BA. Por se tratar de um povo em processo recente de retomada etno-territorial, que vive em intenso e obrigatório contato com a sociedade do entorno, as reflexões serão empreendidas na perspectiva da interculturalidade como diálogo – nem sempre pacífico, entre os conhecimentos indígenas e não-indígenas. O primeiro capítulo apresentará o povo Pataxó por meio de narrativas conflitantes, exatamente por virem de diferentes lugares de fala: a narrativa de origem do povo Pataxó contada a partir de sua própria cosmologia, a narrativa do olhar europeu expresso na Carta de Achamento de Pero Vaz de Caminha e nos relatos de viagem do Príncipe Maximiliano Wied-Neuwied (1940), e por fim, as narrativas da última grande dispersão - o fogo de 1951, massacre violento contra o povo indígena da aldeia de Barra Velha, último refúgio Pataxó. O segundo capítulo pretende ler o Projeto Político Pedagógico da Escola como narrativa do desejo de uma educação intercultural. O terceiro será dedicado à discussão das práticas leitoras vivenciadas na sala de aula, como cenas à luz do conceito de interculturalidade presente no PPP, assim como das reflexões de intelectuais indígenas e não indígenas sobre o assunto. Por fim, a última parte proporá a leitura de narrativas de tradição oral presentes nas próprias comunidades, como estratégia potente para a materialização do discurso intercultural evidenciado no projeto Pataxó de educação diferenciada.