Item
Paisagens em transe uma etnografia sobre poética e cosmopolítica dos lugares habitados pelos Pataxó no Monte Pascoal
Coleções e subcoleções temáticas
História indígena e do indigenismo no Sul e Extremo Sul da Bahia > Territórios da retomada Pataxó
Espécie e tipo de documento textual
Trabalho acadêmico
Autoria
Título
Paisagens em transe uma etnografia sobre poética e cosmopolítica dos lugares habitados pelos Pataxó no Monte Pascoal
Local de produção
Data
2016
Período ou ano do documento
Século 21 > Década 2010 > 2016
Instituição produtora e/ou órgão responsável
Tipo de trabalho acadêmico
Povo(s), etnia(s) e/ou grupo(s) social(is) referido(s) no documento
Localidade(s) referida(s) no documento
Palavras-chave
Cosmopolítica | Multiespécie | Paisagem | Pataxó | Bahia > Bahia > Porto Seguro > Terra Indígena Barra Velha do Monte Pascoal
Resumo
Esta tese compõe nove ensaios etnográficos sobre a ontogenia da paisagem no Monte Pascoal. São ensaios situados nas intersecções entre a antropologia e a ecologia, com intuito de compreender a poética e a cosmopolítica dos lugares–mundos dos Pataxó, onde busco responder às seguintes questões: como humanos e linhas de vida desenham paisagens no Monte Pascoal a partir de suas relações? Como eles podem viver ou tornar mais habitável um “novo mundo” que nos relata os Pataxó, motivando-os no agir resistente e no contínuo movimento cosmopolítico por sua terra? Como podemos entender o conceito de paisagem quando os Pataxó falam de natureza e de lugar? Que perspectivas emergem de histórias assentadas na experiência do fazer lugares? Estas questões centrais motivaram o meu engajamento nesta aventura antropológica onde meus (minhas) companheiros (as) Pataxó me enfatizaram durante as andarilhagens por dentro das trilhas e das malhas de lugares no Monte Pascoal, as experiências de se habitar o mundo em histórias singularizadas pela despossessão, pelo sentimento de pertença, por práticas de conversações e pela ética dos encontros com a diferença, num mundo novo que emerge. Busco, com uma especial motivação, me engajar no contar múltiplas histórias sobre a cosmopolítica do trilhar–caminhos situando-os no mundo de diferenças de perspectivas e relações, podendo assim descrever o exercício de reviver das malhas de lugares e o tornar mais habitáveis paisagens cada vez mais arruinadas, cercadas, confusas, retomadas em um mundo dividido (material e conceitualmente).