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Gênero do documento
Textual
Espécie e tipo de documento textual
Trabalho acadêmico
Autoria
Título
Identidades e territorialidades construídas nos bairros Campinho e Baianão em Porto Seguro e suas cartografias de vida
Local de produção
Data
2019
Período ou ano do documento
Século 21 > Década 2010 > 2019
Instituição produtora e/ou órgão responsável
Universidade Federal do Sul da Bahia > Programa de Pós-Graduação em Estado e Sociedade
Tipo de trabalho acadêmico
Número de folhas do trabalho acadêmico
126
Povo(s), etnia(s) e/ou grupo(s) social(is) referido(s) no documento
Porto Seguro > Moradores do bairro do Baianão | Porto Seguro > Moradores do bairro do Campinho
Localidade(s) referida(s) no documento
Porto Seguro > Bairro do Baianão | Porto Seguro > Bairro do Campinho
Palavras-chave
Porto Seguro > Bairro do Baianão | Porto Seguro > Bairro do Campinho | Cartografia > Cartografia social | Territorialidade | Território
Referência e/ou procedência do documento
Programa de Pós-Graduação em Estado e Socidade da Universidade Federal do Sul da Bahia (PPGE/UFSB)
https://sigconteudo.ufsb.edu.br/arquivos/20190832381f97386230d4d6976d8f0c/DISSERTAO_FINAL_-KATIA_MARTINS.pdf
Resumo
Pensar a cidade a partir das relações sociais estabelecidas em seus territórios pressupõe que esta seja carregada por diferentes marcas e desejos que se encontram presentes na memória das comunidades locais, sejam estas afetivas ou não. Assim, as ruas, praças e os bairros enquanto elementos da paisagem humanizada são considerados como territórios vivos, constituídos por interesses e usos distintos, que simbolizam espaços de luta, trabalho e resistência. Neste contexto, a pesquisa pautou-se na possibilidade de identificar as formas de territorialidades construídas pelos moradores dos bairros Baianão e Campinho, localizados no município de Porto Seguro-Ba, bem como compreender as implicações identitárias, culturais e ambientais que estão submetidas às populações subalternizadas destes bairros, de forma a possibilitar que os mesmos possam identificar através da percepção socioespacial a importância do direito de acesso e uso dos seus territórios abrigo. Para tanto, utilizou-se como procedimento metodológico de pesquisa uma abordagem qualitativa, com o uso da cartografia social como instrumento de representação do
vivido e também como ferramenta capaz de proporcionar a comunidade envolvida, um olhar mais próximo das suas próprias realidades, no afã de estabelecerem uma reflexão crítica sobre os problemas socioculturais e ambientais que permeiam estes lugares. Também foram utilizadas no estudo histórias orais da vida cotidiana dos moradores locais, constituídos em sua maioria por nativos e também migrantes reterritorializados da região Sul da Bahia, que diante da precarização imposta pela crise cacaueira, foram obrigados a deixar seus lugares e construírem nesta região novas territorialidades. Como aporte teórico, a pesquisa dialogou com autores ligados a Geografia Humanista e envolveram a discussão dos conceitos de lugar e território a partir de uma perspectiva simbólica e cultural e suas inter-relações nos espaços vividos, além da presença de autores que compreendem o território enquanto espaço socialmente produzido, embasado numa reflexão tanto material como simbólica, atribuindo ao conceito maior sentido e materialidade. Mesmo diante de um cenário contraditório, marcado por relações desiguais de poder, verificou-se através dos registros orais ou mesmo nos mapas mentais produzidos, que estes sujeitos estabeleceram uma relação de identidade e pertencimento com seus territórios de vida e as formas de territorialidades construídas por estes moradores foram representados através de vários
elementos significativos da paisagem, carregados de simbolismos e subjetividades.