Item
Mbo’esaba Karaiba E’yma ãgwã. Lutando por uma educação escolar indígena decolonial: construção da Escola Indígena Tupinambá de Abaeté (Olivença-Ilhéus/BA)
Coleções e subcoleções temáticas
História indígena e do indigenismo no Sul e Extremo Sul da Bahia > Territórios da retomada Tupinambá
Espécie e tipo de documento textual
Trabalho acadêmico
Título
Mbo'esaba Karaiba E'yma ãgwã. Lutando por uma educação escolar indígena decolonial: construção da Escola Indígena Tupinambá de Abaeté (Olivença-Ilhéus/BA)
Data
2019
Período ou ano do documento
Século 21 > Década 2010 > 2019
Instituição produtora e/ou órgão responsável
Universidade Federal do Sul da Bahia > Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais
Tipo de trabalho acadêmico
Número de folhas do trabalho acadêmico
74
Povo(s), etnia(s) e/ou grupo(s) social(is) referido(s) no documento
Localidade(s) referida(s) no documento
Terra Indígena Tupinambá de Olivença > Aldeia Santana do Abaeté
Palavras-chave
Decolonialidade | educação > Educação Escolar Indígena | Identidade | Bahia > Ilhéus > Terra Indígena Tupinambá de Olivença | Território
Referência e/ou procedência do documento
Universidade Federal do Sul da Bahia
https://sigconteudo.ufsb.edu.br/arquivos/202006311417c44116346558ad08ccac/TRABALHO_FINAL_mestrado-mesclado.pdf
Resumo
Este trabalho é constituído por um Memorial Descritivo, Projeto de Intervenção e Produto Educacional que se complementam por dialogarem o tempo todo. Inicialmente procurei narrar algumas memórias da minha ancestralidade indígena, vivenciado como Índio morador da Terra Tradicional Tupinambá de Olivença (Ilhéus/Bahia) e participante da luta dos Povos Originários por direitos relativos à
Demarcação do Território Ancestral. Nesta trajetória compreendi que a atuação junto à Educação Escolar Indígena seria fundamental para obtenção de nossos direitos e foi também por isto que me tornei educador. Esta vivência pessoal e coletiva de indianidade e como professor indígena somou-se à formação acadêmica que procurei obter para o exercício do ofício do magistério. Porém, novas e profundas perspectivas afloraram quando comecei a percorrer os caminhos da pós e decolonialidade dos saberes quando relacionados à luta de meu Povo. Foi esta fonte de inspiração conceitual e metodológica apresentada pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia - Campus Jorge Amado que orientou a partir de então minha intervenção como um dos organizadores e criadores, sempre de forma coletiva, da Escola Estadual Indígena Tupinambá de Abaeté. Assim, tanto o Projeto de Intervenção como o Produto Educacional que
descrevo e analiso nesta dissertação são voltados à formação desta nossa escola localizada na Aldeia Santana do Abaeté em Olivença. Desde do início buscamos construí-la de forma decolonial, aulofreriana, diferenciada e intercultural. Nos deparamos com temas envolvendo: etnicidade; indianidade; educação escolar indígena; educação diferenciada e intercultural; cultura/religiosidade originária; decolonialidade dos saberes numa perspectiva indígena; ausência/presença do estado; luta por direitos, pelo
econhecimento étnico e territorial. Deste modo, a presente dissertação procura de forma conceitual narrar os caminhos e descaminhos percorridos desta construção coletiva que resultou na formação da Escola Estadual Indígena Tupinambá de Abaeté.