Coleções e subcoleções temáticas Memórias de Terreiro no Sul e Extremo Sul da Bahia
Destaca-se a colaboração de pais, mães e filhos de santo na composição desta coleção, cujas experiências religiosas e espaços próprios compõem parte do patrimônio local. A Superintendência de Cultura de Porto Seguro regista a existência de 140 espaços religiosos de culto de matrizes africanas, incluindo terreiros, casas de oração, entre outros bens intangíveis, como festas e manifestações culturais. A categoria “povos de santo” permite pensarmos nas histórias e culturas da população negra, mas também da população afro-indígena, categoria que tem sido bastante negligenciada nos estudos sobre a população negra e indígena da região (GOLDMAN, 2015; SOARES, 2014). Por exemplo, dentro da Aldeia Velha da etnia Pataxó (Arraial d’Ajuda), existe o terreiro Casa de Oxossi, liderado por Mãe Ana e Sr. José Raimundo da Pena. O primeiro terreiro que será registrado com vídeos, fotografias e entrevistas é o terreiro Ile Axé d’ Omin, liderado por Mãe Augusta de Oxum Karé (Augusta de Jesus Assunção) e Pai Raul Bromberg, localizado no Mirante do Rio Verde (Trancoso).