Documento
Coleções e subcoleções temáticas
História indígena e do indigenismo no Sul e Extremo Sul da Bahia > Territórios da retomada Pataxó Hã-Hã-Hãe
Gênero do documento
Textual
Espécie e tipo de documento textual
Trabalho acadêmico
Autoria
Título
“Kuin Kahab Mikahab – Quero comer, quero viver”: O povo Pataxó Hãhãhãe e a luta por sua língua
Local de produção
Data
2019
Período ou ano do documento
Século 21 > Década 2010 > 2019
Instituição produtora e/ou órgão responsável
Tipo de trabalho acadêmico
Povo(s), etnia(s) e/ou grupo(s) social(is) referido(s) no documento
Localidade(s) referida(s) no documento
Palavras-chave
Caderno de atividades | Língua > Pataxó Hã-Hã-Hãe | Proposta de Ensino | Retomada linguística
Referência e/ou procedência do documento
https://www.biblio.fae.ufmg.br/monografias/monografias_index.htm
Resumo
Esse percurso faz uma reflexão sobre a língua Pataxó Hãhãhãe. O povo Pataxó Hãhãhãe tem uma população de quase quatro mil indígenas e habita no Território Indígena Caramuru Catarina Paraguaçu, que faz divisa com os três municípios do sul da Bahia: Itaju do Colônia, Pau Brasil e Camacan. Até o ano de 1938, o povo Pataxó Hãhãhãe falava somente sua língua ancestral. A perseguição de destruição contra esse povo fez com que, de maneira forçada, deixasse de falar sua própria língua. Bahetá foi a última falante da língua, que viveu até o ano de 1992. Foi publicada uma cartilha chamada Lições de Bahetá com 129 palavras e duas frases, palavras essas coletadas com essa anciã no final da década de 70. No ano de 2017 foi publicado um Dicionário do Povo Pataxó Hãhãhãe trazendo um novo horizonte ao vocabulário de meu povo. No dicionário, há uma ampliação sobre nossa língua indígena, com novas informações e com outras línguas destacadas, sendo elas da etnia Hãhãhãe, Kamakã, Kariri Sapuyá, Tupinambá e Pataxó. É com o pensamento de ampliar o conhecimento sobre a língua do meu povo, dando visibilidade e ajudar na ação de reavivamento da língua Pataxó Hãhãhãe que este trabalho foi feito. Para realizar a pesquisa, foram feitas consultas em arquivo público, coletados depoimentos de anciãos e pesquisadores, além de pesquisa de campo. Uma proposta de ensino da língua indígena e um caderno de atividades são oferecidos como parte da reflexão desse percurso. Espera-se que esse trabalho ajude na luta pela retomada língua Pataxó Hãhãhãe e estimule outras gerações a usar a língua valorizando as memórias de Bahetá, Txitxiáh, bem como os saberes dos mais velhos que vêm se alimentando através da fala.