Documento
Coleções e subcoleções temáticas
História indígena e do indigenismo no Sul e Extremo Sul da Bahia > Territórios da retomada Pataxó
Gênero do documento
Audiovisual
Autoria
Título
Pataxós fecham BR-367 em protesto contra prisão de indígenas
Local de produção
Data
21/03/2025
Período ou ano do documento
Século 21 > Década 2020 > 2025
Instituição produtora e/ou órgão responsável
Tipo de documento audiovisual
Povo(s), etnia(s) e/ou grupo(s) social(is) referido(s) no documento
Localidade(s) referida(s) no documento
BR 367 | Santa Cruz Cabrália | Terra Indígena Coroa Vermelha
Palavras-chave
Retomada > Autodemarcação | Conflito > Conflito fundiário | Criminalização de lideranças indígenas | Manifestação | Laboratório Etnoterritorial do Sul da Bahia > Monitoramento de conflitos em Terras Indígenas | Operação Pacificar | Produtores rurais
Referência e/ou procedência do documento
Canal Instagram Radar News
https://www.instagram.com/reel/DHeK0b4Mvvy/?igsh=Y2ZqOHVsbjJzbzBt
Resumo
O Conselho de Caciques e Lideranças Pataxó promoveu o bloqueou a BR-367 entre os municípios de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, na manhã desta sexta-feira (21), em protesto contra a prisão de pelo menos 10 indígenas nos territórios de Barra Velha e Comexatibá, em Prado, durante a Operação Pacificar. As duas pistas da rodovia permaneceram interditadas por mais de cinco horas, formando uma longa fila de veículos.
O cacique Juari Pataxó afirmou que a comunidade onde ocorreu a ação policial vem sendo marginalidade. Segundo ele, a ocupação é legítima, pois a área é reivindicada há mais de 40 anos. “A terra é do povo Pataxó. As fazendas que estão lá há 20 ou 30 anos não eram para estar lá, pois é território indígena, é do povo Pataxó. Agora ficam deputados, senadores e movimentos do agro dizendo que a terra é produtiva, é tudo mentira, [ficam] jogando a sociedade contra os povos indígenas”, criticou a Juari.
“Se o território Barra Velha precisar de 5 mil indígenas lá dentro, estamos prontos e preparados para ir até lá”, acrescentou.
Líder da comunidade indígena de Coroa Vermelha, o cacique Zeca Pataxó criticou governo federal pela demora na demarcação das terras indígenas na região, e também o governo do Estado. “Nós somos indígenas, residimos nesta terra e queremos respeito. Governo federal, que demarque nosso território; governo do Estado, que tem massacrado o nosso povo, tem que mudar o seu discurso e atender as populações indígenas”, ressaltou o cacique Zeca.
A cacique Arnã Pataxó diz que a etnia está almejando apenas a homologação de um território ancestral e fez uma crítica direta ao governador Jerônimo Rodrigues.
“Gostaria de ter uma resposta do governador da Bahia, que se diz indígena, coloca um cocar na cabeça, abraça nosso povo, dizendo que é indígena. Onde está você neste momento, que autorizou a polícia a entrar em nosso território desta forma arbitrária? Por que não sentou para ouvir nosso povo?", questionou ela.