Item
O(a)s Pataxó Meridionais e o Território Tradicional do Monte Pascoal no Extremo Sul da Bahia: Patrimônio, Cultura e Memórias CorpOrais
Coleções e subcoleções temáticas
História indígena e do indigenismo no Sul e Extremo Sul da Bahia > Territórios da retomada Pataxó
Espécie e tipo de documento textual
Trabalho acadêmico
Autoria
Título
O(a)s Pataxó Meridionais e o Território Tradicional do Monte Pascoal no Extremo Sul da Bahia: Patrimônio, Cultura e Memórias CorpOrais
Local de produção
Data
2016
Período ou ano do documento
Século 21 > Década 2010 > 2016
Instituição produtora e/ou órgão responsável
Tipo de trabalho acadêmico
Povo(s), etnia(s) e/ou grupo(s) social(is) referido(s) no documento
Localidade(s) referida(s) no documento
Palavras-chave
Cultura | memória | Pataxó | Patrimônio | Território
Resumo
Esta pesquisa tem por objetivo analisar as memórias inscritas no Território Tradicional do Monte Pascoal, de ocupação tradicional do povo Pataxó no Extremo Sul Bahia. Tomamos como referência o Fogo de 51, massacre ocorrido na aldeia Barra Velha em Porto Seguro na década de 1950, como contexto para compreender o processo de territorialização como apontado por Pacheco de Oliveira (1998) e de etnogênese (BARTOLOMÉ, 2006) pelo qual passaram o(a)s Pataxó de Cumuruxatiba. A memória foi interpretada e analisada neste trabalho sob duas perspectivas: de um lado, como campo de disputas, principalmente a partir da ideologia territorial do Estado-nação. E, de outro, em sua dimensão afetiva, a relação que se estabelece entre o(a)s Pataxó e seu território, um lugar de paisagens míticas, que explica a origem do povo Pataxó, por exemplo, a partir do mito Txôpai Ithoã ou de lugares sagrados como a Juacema e o Monte Pascoal. Nesta perspectiva, o olhar sobre a territorialidade (LITTLE, 2002) Pataxó aparece aqui, atravessada pela questão ambiental, pelos conflitos gerados a partir das demarcações do Parque Nacional do Monte Pascoal (PNMP) – Fogo de 51 - e do Parque Nacional do Descobrimento (PND) – que sobrepõe o Território Kaí-Pequi. Desse modo, refletimos também a construção da ideia patrimônio cultural que culminou com as definições de tombamentos de áreas naturais como patrimônio, principalmente das Unidades de Conservação Integral. Concluímos a análise com a interpretação da dimensão simbólica da cultura Pataxó, que é a memória, a partir das memórias “corpOrais”, da arte e das performances observadas no Território Tradicional do Monte Pascoal, do Awê como uma linguagem ritual e das pinturas corporais como expressão das escritas de memórias do grupo.