Item
Práticas musicais dos Pataxó nas escolas regulares de Belo Horizonte: contatos inter-étnicos e afirmação identitária
Coleções e subcoleções temáticas
História indígena e do indigenismo no Sul e Extremo Sul da Bahia > Territórios da retomada Pataxó
Espécie e tipo de documento textual
Trabalho acadêmico
Autoria
Título
Práticas musicais dos Pataxó nas escolas regulares de Belo Horizonte: contatos inter-étnicos e afirmação identitária
Local de produção
Data
2017
Período ou ano do documento
Século 21 > Década 2010 > 2017
Instituição produtora e/ou órgão responsável
Universidade Federal de Minas Gerais > Formação Intercultural para Educadores Indígenas da Faculdade de Educação
Tipo de trabalho acadêmico
Palavras-chave
Ritual > Awê | Etnomusicologia
Resumo
O presente trabalho é fruto da interação entre pesquisadora, indígenas da etnia Pataxó e Kambiwá e comunidade escolar. Tendo como foco central a presença dos Pataxó em contextos de escolas regulares, tivemos como objetivo a averiguação do cumprimento da Lei 11.645/08 com foco nas práticas musicais compartilhadas pelos indígenas. A metodologia compreendeu observações em campo, realização de entrevistas (com representantes da comunidade escolar e uma indígena da etnia Kambiwá) e visita à biblioteca de uma das escolas, com vistas a investigar possíveis materiais sobre cultura e/ou música indígena disponíveis para consulta de professores e/ou alunos. Em nossa pesquisa, conseguimos perceber a emergência de diversas questões como a necessidade de se trabalhar o assunto ostensivamente de modo a vencer os mais de 500 anos de opressão e desinformação, por grande parte da sociedade a respeito da cultura indígena, bem como a necessidade da presença ativa destes povos em contextos que se propõem a trabalhar com sua cultura. Observamos também a importância em se investir em materiais didáticos que contemplem cada vez mais o trabalho dos próprios indígenas, busca essa afinada com as propostas decoloniais presentes na contemporaneidade. Percebemos também a necessidade de um olhar mais afinado com a alteridade quando pensamos em quanto precisamos avançar para redimir o grande abismo entre parâmetros culturais tidos como hegemônicos e outras culturas. Nossas observações puderam ser alargadas a partir do embasamento bibliográfico e em diálogo com autores diversos que se pautam em enfoques etnomusicológicos, antropológicos e históricos, além de algumas inserções na área legislativa. Muito especialmente, buscamos entender as expressões musicais dos Pataxó compartilhadas nas escolas, precisamente o Awê (compartilhado em forma de canto e danças, além do aspecto espiritual envolvido), e de como estas expressões assumem papel central em sua afirmação identitária.