Item
Articulações políticas indígenas no sul da Bahia
Coleções e subcoleções temáticas
História indígena e do indigenismo no Sul e Extremo Sul da Bahia > Territórios da retomada Pataxó
Espécie e tipo de documento textual
Trabalho acadêmico
Autoria
Título
Articulações políticas indígenas no sul da Bahia
Data
2016
Período ou ano do documento
Século 21 > Década 2010 > 2016
Instituição produtora e/ou órgão responsável
Tipo de trabalho acadêmico
Localidade(s) referida(s) no documento
Palavras-chave
organização do espaço | Pataxó | Territorialidade | Território | Tupinambá
Resumo
Os povos indígenas no Brasil têm se organizado social e politicamente diante dos atuais desafios impostos à reapropriação de seus territórios tradicionais e à manutenção dos direitos até então conquistados. No período histórico presente, em que se configura amplamente um meio geográfico técnico-científico-informacional, suas disputas territoriais ganham novos contornos e significados. Inseridos nesse contexto, os povos Tupinambá, Pataxó e Pataxó Hãhãhãe, no sul da Bahia, vêm constituindo significativos processos de organização política, com destaque às reconquistas territoriais através das retomadas de terras e de êxitos na esfera política obtidos através de suas organizações próprias. Diante disso, esta dissertação trata das articulações políticas indígenas contemporâneas no sul da Bahia e seus significados no processo de reconquista e manutenção de seus territórios. As análises aqui presentes partem de entrevistas feitas com lideranças e de observação-participante em eventos do movimento indígena. São enfocadas, prioritariamente, as atuações dos caciques Aruã Pataxó e Babau Tupinambá, lideranças que se destacaram neste processo investigativo pelos modos como têm se articulado com agentes diversos que se encontram e atuam em diferentes escalas geográficas. A autonomia por eles almejada se revela nestes casos, principalmente, pelo autofinanciamento da luta e pela livre escolha de seus parceiros políticos. Dessa forma, essas articulações têm criado as condições de produção de uma territorialidade indígena em rede no sul da Bahia, a qual conecta- se com outras territorialidades na região e fora dela, reforçando os poderes locais das comunidades sobre seus respectivos territórios. Com isso tem contribuído a apropriação das novas tecnologias de telecomunicação. Estas, além de permitirem a troca de informações em tempo real entre os agentes indígenas e não- ndígenas que se articulam, servem como canal de divulgação das produções audiovisuais das comunidades e seus parceiros, visando sensibilizar a opinião pública acerca de suas causas e interesses. Este trabalho insere-se, portanto, no rol de debates sobre a influência das novas territorialidades na organização do espaço geográfico.